A Sateliot, operadora de satélites voltada ao IoT, vê o Brasil como um dos seus principais mercados, com provas de conceito já em estágio de preparação no país.
Durante o Congresso Latinoamericano de Satélites, no Rio de Janeiro, o head de desenvolvimento de negócios, Stephan Bernard Baró, reiterou que o Brasil é estratégico em termos de demanda, com POCs com operadoras previstas para 2025 e uso público a partir de 2026.
O país é visto como nodo de destaque no IoT NTN (IoT via redes não terrestres), impulsionado por centros de pesquisa e pelo regulador. Hoje, a frota da Sateliot soma seis satélites em órbita, com quatro comerciais e dois de testes, com planos de ampliar a constelação para conectividade em tempo real até o fim de 2028.
Atualmente, a conectividade funciona de forma descontínua, já que a ligação só ocorre quando um satélite passa por cima. Com mais satélites, a Sateliot espera oferecer conectividade contínua, ainda que aplicações tolerantes a atraso possam ser atendidas antes da frota completa.
A Sateliot posiciona-se como complemento às redes terrestres, adotando tecnologias padronizadas pelo 3GPP e mantendo participação na GSMA. “Somos a primeira constelação 5G NTN LEO focada em IoT e, recentemente, realizamos a primeira conexão 5G para IoT com um dispositivo comercial da Nordic Semiconductor”, informou Baró no evento. A demonstração envolveu envio ponta a ponta usando um módulo de IoT celular de baixo consumo.