A crescente sofisticação dos ataques cibernéticos e a expansão de operações para ambientes distribuídos estão acelerando a adoção do modelo Zero Trust em empresas de diversos portes. Conforme levantamento citado pela Computerworld, mais da metade das organizações já implementaram a abordagem ou estão conduzindo projetos-piloto, em um cenário marcado pela ampliação de superfícies de ataque, maior dependência da nuvem e integração de dispositivos pessoais e IoT às rotinas de trabalho.
Com ataques mais frequentes e dinâmicos, 98% dos CISOs. esperam crescimento significativo nos próximos três anos, tornando evidente a necessidade de estratégias centradas na validação contínua, segmentação granular e redução de privilégios. A metodologia abandona o modelo tradicional de perímetro e se baseia em verificações constantes, partindo do princípio de que um invasor pode já estar dentro da rede.
A mudança estrutural na defesa corporativa envolve uma abordagem integrada, onde a verificação contínua da identidade de usuários, serviços, dispositivos e aplicações atua em camadas além do firewall e do endpoint. Em ambientes com colaboradores que acessam dados sensíveis em múltiplas plataformas, localizações e dispositivos, essa visão de defesa se mostra especialmente crítica.
O custo de violações sem mecanismos robustos fica evidente em casos emblemáticos; o texto menciona o caso Equifax para ilustrar como uma única vulnerabilidade pode gerar prejuízos bilionários, elevando o foco dos CISOs na mitigação de riscos por meio de controles estruturados.
Entre os pilares destacados, a microsegmentação surge como elemento central. Ao dividir a rede em blocos independentes e sob controle, a microsegmentação dificulta o movimento lateral de invasores após a compromissão de uma máquina ou usuário. Políticas de acesso mínimo, baseadas em identidade, status do dispositivo e comportamento, ampliam a resiliência, com o IAM assegurando que apenas usuários autorizados acessem recursos específicos.
Além disso, a camada de Detecção e Resposta Gerenciadas (MDR) atua de forma proativa na identificação de movimentos suspeitos, combinando telemetria de endpoints e análises de rede para interromper ações maliciosas antes de causar danos. Regulamentações internacionais também pressionam pela adoção, com a diretiva europeia NIS2 exigindo controles de confiança mínima; no Brasil, cresce a pressão sobre cadeias de fornecedores e governança de dados, reforçando o ritmo de implementação.
Por fim, o artigo ressalta que Zero Trust é uma jornada contínua, não um projeto isolado. À medida que tecnologias e ameaças evoluem, políticas, ferramentas e métodos de verificação devem acompanhar o ritmo, exigindo monitoramento permanente, automação e alinhamento com objetivos de negócio. O It Show reforça que segurança moderna requer cultura de inspeção constante e proteção preventiva para reduzir o tempo de resposta diante de incidentes, mantendo a organização mais resiliente diante de violações.