A Telefónica informou que a estratégia de sustentabilidade da Vivo no Brasil segue os mesmos parâmetros aplicados na Europa, conforme painel da COP30 em Belém.
A diretora de Sustentabilidade da Vivo, Joanes Ribas, ressaltou que a empresa mantém metas de longo prazo para reduzir emissões e fortalecer a infraestrutura, alinhadas às orientações da ciência mais atual. “Desde o acordo de Paris em 2015, quando foram estabelecidas as metas globais de reduções de emissões, a Vivo também assumiu protagonismo nessa jornada. Desde 2019 a gente compensa 100% das emissões que a gente não consegue evitar. Em 2023, a empresa atingiu a meta de redução de 90% das emissões, o que foi classificado por ela como um marco histórico pela ciência.”
A diretora de finanças sustentáveis da Telefónica na Espanha, Laura Fernández, confirmou que o plano adotado pela Vivo no Brasil replica o modelo europeu de resiliência. “A companhia é um grupo internacional que inclui a Vivo e, portanto, a estratégia que Joanes mencionou está totalmente alinhada. Fazemos a mesma coisa.”
De acordo com Fernández, existe uma norma na União Europeia que obriga as operadoras de telecom a adotar planos de adaptação e resiliência climática, por tratar as infraestruturas digitais como críticas. Por ter sede na Espanha, a Telefónica já cumpre essas exigências naquele bloco econômico. “Embora não exista uma regulamentação como a europeia, o plano de trabalho aqui no Brasil é o mesmo”, disse.
No Brasil, a Vivo pretende manter as reduções até 2035, quando deve alcançar a neutralidade de emissões em toda a cadeia de valor. “A Vivo tem mais de 1.200 fornecedores. Temos mapeado 125 fornecedores que são mais intensos em carbono.” A executiva acrescentou que, em 2024, 87% dos fornecedores estavam comprometidos com o clima, parte do projeto que prevê que esses parceiros reduzam 90% de suas emissões até 2035.
A executiva também destacou o novo compromisso da Vivo com a Amazônia, lançado em agosto no Encontro Futuro Vivo, em São Paulo. “A primeira empresa do nosso setor, da América Latina, assumiu um compromisso com a Amazônia. Serão 30 anos protegendo um dos maiores biomas do planeta e regenerando a floresta também.”
A COP30 contou com a presença da TIM Brasil, que destacou ações de sustentabilidade. Nesta edição, a TIM foi uma das 30 corporações homenageadas pela B3, por ser a única do setor de telecomunicações presente nos três principais índices ESG do mercado brasileiro. “É um sinal de que os esforços das empresas rumo a negócios mais sustentáveis e inclusivos estão sendo reconhecidos pelo mercado”, afirmou Anna Carolina Meireles, head de ESG da TIM.
Para debater avanços e desafios do setor, a TELETIME promove, em 26 de novembro, o evento Telecom ESG em São Paulo, que discutirá próximos passos para a disseminação de compromissos ESG pela cadeia de telecomunicações, o Escopo 3 e obrigações regulatórias que começam a emergir.