O governo federal planeja iniciar a implantação da TV 3.0 já em 2026, começando por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, com participação do setor privado. As primeiras transmissões comerciais devem ocorrer em meados do próximo ano, conforme informado pelo secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações (MCom), Wilson Wellisch.
A infraestrutura prevê que os equipamentos de transmissão levem de 10 a 12 meses para serem produzidos e instalados, com cada projeto licenciado individualmente pela Anatel. Paralelamente, fabricantes já trabalham para disponibilizar conversores no mercado para atender à demanda inicial.
“No começo do primeiro semestre de 2026, talvez até o final do primeiro trimestre, já teremos equipamento pronto para distribuição em massa”, estimou Wellisch. Os preços iniciais previstos ficam entre 300 e 400 reais, com expectativa de queda conforme a produção em escala.
A transição será gradual, sem um prazo fixo para desligamento do sinal digital atual. A ideia é que o switch-off ocorra apenas quando a maioria da população puder receber a TV 3.0, evitando a interrupção de programações.
Sobre políticas públicas, o secretário confirmou a existência de iniciativas voltadas às famílias de baixa renda, embora ainda sem definição de fontes de recursos. Ele lembrou que, na experiência da TV digital, a distribuição de kits com antena e conversor foi financiada com recursos de leilões anteriores e afirmou que o governo está estudando diversas possibilidades, incluindo recursos da União ou licitações de radiofrequência, sem descartar nenhum modelo.
O decreto que regulamenta a TV 3.0 prevê, ainda, versões adaptadas para celular via 5G Broadcast e para recepção via satélite (DVB-NIP). Detalhes operacionais sobre essas frentes deverão ser apresentados em etapas futuras pelo MCom.