A intensificação das atividades de grupos cibercriminosos tornou a segurança digital uma prioridade estratégica para empresas no Brasil, sobretudo em períodos de maior movimento no varejo online. À medida que o volume de transações cresce, os riscos vão além de interrupções operacionais, incluindo fraudes financeiras de impacto imediato. Nesse cenário, o threat intelligence surge como ferramenta-chave para antecipar ações hostis e reduzir perdas.
Relatórios recentes destacam o nível de exposição do mercado: a Check Point Software aponta uma média de quase três mil incidentes semanais por organização em 2025, acompanhando a tendência global de incremento de 21% nos ataques cibernéticos. Especialistas ressaltam que esse ambiente impõe urgência a companhias que dependem do funcionamento ininterrupto de plataformas digitais.
Durante a última Black Friday, o varejo brasileiro movimentou cerca de R$ 4,5 bilhões, segundo dados da Confi.Neotrust. O aumento expressivo de tráfego atrai ações oportunistas, tornando a data uma das mais visadas por atacantes. A pressão por disponibilidade, desempenho e integridade de dados reforça a necessidade de defesas mais avançadas e de identificar riscos antes que se tornem incidentes.
Entre os vetores de ataque observados, destacam-se ataques de negação de serviço distribuído (DDoS), que podem derrubar plataformas em picos de acesso; phishing e brand hijacking, com tentativas de imitar marcas para capturar dados de clientes; e ataques de ransomware que comprometem logística, estoque e pagamentos. Fraudes de pagamento, incluindo uso de cartões clonados e estornos indevidos, também ganham escalada paralelamente ao volume de compras.
Nesse contexto, o threat intelligence funciona como escudo digital ao transformar grandes volumes de dados em informações acionáveis. Com monitoramento de fóruns, canais da Deep e Dark Web e integração com sistemas antifraude, equipes de segurança conseguem detectar tendências, reforçar defesas e reduzir o tempo de resposta a incidentes. Além disso, o monitoramento de brand protection ajuda a detectar lojas falsas e limitar danos à reputação.
Para 2026, a consolidação de estratégias de threat intelligence aparece como evolução natural para elevar a maturidade da segurança digital. Ao prever o comportamento adversário e ampliar a visibilidade da superfície de ataque, as empresas ganham vantagem competitiva ao manter operações estáveis e proteger a experiência do cliente. Siga o Itshow no LinkedIn e acompanhe as notícias do setor para ficar por dentro das tendências.