O Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter (Redata) foi apresentado como uma oportunidade para posicionar o Brasil como um hub de dados na América Latina, segundo o presidente da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari.
Durante a terceira edição do Brasília Summit, Ferrari destacou que o valor de um data center está, sobretudo, no processamento de dados, e não apenas no armazenamento.
Ele disse que o Redata poderia ajudar a reverter a concentração de centros de processamento de dados no país, citando que cerca de 90% estão no eixo Rio-São Paulo.
Ferrari também fez referência à soberania digital, mencionando que uma parte significativa dos dados brasileiros fica hospedada no exterior, com uma fatia expressiva na Virgínia, EUA.
No mesmo dia, representantes do setor acompanhavam a implementação do Redata na Futurecom, em São Paulo. A Medida Provisória nº 1.318/2025, que criou o regime, foi assinada em 17 de setembro pelo presidente Lula. Analistas advertiram que o Redata não resolve tudo e defenderam alcançar um equilíbrio entre produção local e incentivos à importação, incluindo questões de ICMS.
Alguns players internacionais receberam o regime de forma positiva, embora ressaltem que ele abrange tributos federais, enquanto estados precisam de regulamentação específica. A isenção de Imposto de Importação para equipamentos, por exemplo, deve valer entre 2026 e 2028, conforme o planejamento.