A 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro deferiu o processamento da recuperação judicial das subsidiárias Serede e Tahto, ligadas à Oi, ao mesmo tempo em que decretou a falência da operadora com continuidade provisória das atividades. As empresas apresentaram dívidas superiores a 800 milhões de reais, em sua maior parte trabalhistas, para embasar o pedido de recuperação.
A magistrada Simone Gastesi Chevrand explicou que a relação entre a controladora e as subsidiárias é distinta, e que as atividades exercidas por cada uma também são diferentes. Segundo a juíza, isso indica que a falência do grupo não impede o eventual reequilíbrio das subsidiárias.
Com o deferimento, Serede e Tahto terão 60 dias para apresentarem planos de reestruturação. A gestão ficará a cargo da interventora Tatiana Binato, que também acumula o papel de administradora judicial das empresas.
A Justiça determinou ainda que o stay period — blindagem contra execuções e constrições ao patrimônio — comece a partir do deferimento e se estenda por 180 dias. A medida é apresentada como excepcionalíssima, especialmente após a antecipação de efeitos da blindagem concedida em agosto.
Dentro desse cenário, as subsidiárias da Oi prosseguirão com o foco em atividades de campo e telemarketing, preservando a separate adquirente da controladora, cuja recuperação tramita de forma autônoma nos autos principais.