As Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) investiram R$ 2,4 bilhões em capex de banda larga no quarto trimestre de 2024, ante R$ 1,2 bilhão das grandes operadoras (PMS). O Panorama Econômico-Financeiro das PPPs aponta que o grupo representou 66% dos investimentos no segmento no período, ampliando a liderança regulatória que vem desde 2022, com as PPPs puxando o ritmo de investimentos no setor.
No aspecto de receita, as PPPs ficaram próximas das PMS: a soma de Receita Operacional Líquida com serviços de banda larga ficou em R$ 6,4 bilhões para PPPs, contra R$ 6,5 bilhões para as grandes operadoras.
No quarto trimestre de 2024, a ARPU médio das PPPs ficou em R$ 90,52, cerca de R$ 5,09 abaixo do ARPU das PMS, que foi de R$ 95,61.
Quanto ao preço do gigabyte, o estudo aponta que o preço ficou em R$ 0,25 por GB para ambos os grupos. O consumo de dados no trimestre somou 26 bilhões de GB nas redes das PPPs, ligeiramente acima das PMS (25 bilhões de GB). Comparado ao mesmo período de 2023, o consumo por usuário cresceu 19,02% nas redes das PPPs, chegando a 363 GB por assinante; o preço por GB, por sua vez, caiu 13,79% (de R$ 0,29 para R$ 0,25).
Esses números indicam que as PPPs mantêm o ritmo de investimentos acelerado em banda larga, contribuindo para a expansão da infraestrutura, mesmo com ARPU ainda aquém dos grandes grupos. A Anatel aponta continuidade dessa tendência com dados do 4T/2024, reforçando o papel regulatório dos provedores menores no ecossistema brasileiro.