O Banco Central instituiu um novo conjunto de regras para o PIX, visando fortalecer a devolução de valores a vítimas de golpes. As mudanças ampliam o rastreamento de recursos desviados e tornam o fluxo de recuperação mais eficiente, com obrigatoriedade para instituições financeiras a partir de fevereiro de 2026.
Diferentemente do modelo anterior, o novo sistema permite acompanhar o trajeto completo do dinheiro, mesmo se o golpista já tiver retirado ou transferido os valores. Em média, os recursos podem ser recuperados em até 11 dias após a contestação, envolvendo todas as contas e participantes da cadeia de transações.
Outra novidade é o ambiente de autoatendimento nos apps, introduzido desde outubro. Com poucos toques, a vítima pode contestar uma transferência e o sistema coleta dados automaticamente, acelerando a análise e aumentando as chances de saldo disponível na conta do criminoso para bloqueio ou devolução.
Os bancos ganham papel mais ativo, com obrigação de compartilhar dados e monitorar comportamentos suspeitos. Contas com patentes de movimentação incomuns podem ser bloqueadas preventivamente para impedir novos golpes, fortalecendo a defesa coletiva.
Especialistas destacam que fraudes digitais seguem crescendo, impulsionando mudanças regulatórias. Golpistas utilizam engenharia social, golpes de coerção e outras táticas cada vez mais sofisticadas; por isso, o BC reforça medidas de proteção e a detecção de padrões de fraude no PIX.
Apesar do avanço, a segurança depende da prevenção constante por parte de usuários e instituições, com práticas como não atender ligações suspeitas, manter notificações ativas, senhas fortes e apps atualizados. A atualização visa realocar o cenário de pagamentos para um ambiente mais seguro e confiável.