De acordo com o fato relevante divulgado pela Oi, o Gestor Judicial das Recuperandas, Bruno Rezende, informou que, com base numa decisão da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, o arresto de recursos foi mantido até a sentença final sobre uma eventual falência, levando a companhia a peticionar pela caracterização do estado de insolvência do grupo Oi.
No documento apresentado à Justiça, a empresa ressalta a possível incapacidade de honrar o passivo extraconcursal e o descumprimento do Plano de Recuperação Judicial, bem como a dificuldade de promover medidas que maximizem o fluxo de caixa.
O texto oficial aponta que o passivo extraconcursal descoberto atingiu, apenas em relação aos fornecedores, o montante de R$ 1,669 bilhão, enquanto a receita apresentou oscilações naturais, o que, segundo a Oi, evidencia a incapacidade da companhia, em uma operação normal, de projetar receita suficiente para cobrir esse passivo.
A Oi admite litígios com fornecedores e reconhece que a desconfiança do mercado vem aumentando, o que pode impactar a solvência, a captação de novos contratos e o incremento do portfólio.
O caso se soma à trajetória de crise que acompanha a Oi desde 2016, com duas recuperações judiciais, venda de ativos e mudanças de comando, levando a cortes de salários e à possível liquidação judicial, conforme relatório do veículo. A íntegra do documento do gestor judicial está disponível para consulta pública.