Na Futurecom 2025, a 30ª edição do maior evento de TI e Telecom da América Latina, Rodrigo Schuch apresentou a visão da Associação NEO sobre como a rede brasileira pode se tornar mais competitiva, acompanhando as tendências de 5G e processamento de dados em tempo real.
A NEO, que hoje representa mais de 150 operadoras e conecta 15 milhões de assinantes de banda larga fixa, já administra uma malha de fibra óptica com mais de 600 mil quilômetros distribuídos por todo o país, evidenciando o potencial de ampliar a conectividade com base na infraestrutura já existente.
Durante o debate sobre infraestrutura de rede, Schuch ressaltou a necessidade de data centers descentralizados e soluções tecnológicas para suprir a demanda crescente por processamento de dados, destacando a importância de distribuir centros de dados para reduzir latência e aumentar a resiliência da rede.
Ele afirmou que, embora o Brasil seja referência mundial em banda larga fixa, 70% dos data centers estão concentrados no eixo Rio-São Paulo, o que representa uma limitação para o crescimento do setor. A proposta da Associação NEO é justamente descentralizar esses ativos, aproveitando a infraestrutura de provedores de internet regionais para criar o maior cinturão de data centers do mundo, distribuídos por diversas regiões do país.
Para o futuro, Schuch destacou que a localização estratégica de data centers é crucial para suportar tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e as práticas de cibersegurança. “No futuro, não será possível ter data centers a mais de 100 km de distância dos centros de processamento. As soluções de IA e cibersegurança exigem proximidade, e é isso que podemos oferecer com a expansão dos data centers através das redes de provedores locais.”
Com esse impulso, o Brasil pode se posicionar como líder em inovação de data centers descentralizados, fortalecendo a conectividade, promovendo a IA responsável e elevando o patamar da segurança cibernética no ecossistema nacional.