Em São Paulo, o Data & AI Forum ganhou as manchetes com a fala de Alexandre Maioral, presidente da Oracle Brasil, ao enfatizar que a inteligência artificial já é uma realidade corporativa e está transformando a forma como as empresas operam.
“Muita coisa que vemos hoje é IA para fazer o básico bem feito, para melhorar processos existentes e, em seguida, para gerar novas receitas dentro de negócios já conhecidos”, destacou Maioral, ressaltando que a IA precisa ser um aliado estratégico, não apenas uma tecnologia isolada.
Ele enfatizou que não se pode “fazer IA apenas por fazer”; é essencial identificar um processo da empresa que a IA possa levar a um patamar superior, abrindo oportunidades reais de crescimento e de transformação de negócios.
Com a IA se expandindo no mercado corporativo, os diretores de IA (CAIO) devem se preparar tanto do ponto de vista tecnológico — com governança de dados, segurança e capacidades desenvolvidas — quanto de negócios, definindo pilares estratégicos, iniciando pelos problemas reais a serem resolvidos e envolvendo as áreas de negócio para MVPs nas linhas de negócio (LOBs).
Nesse sentindo, Leandro Vieira, vice-presidente-sênior para IA e nuvem para Oracle na América, reiterou que as empresas devem partir da identificação de resultados reais. Ele citou a transição de mentalidade de “cloud-first” para “AI-first”, segundo o Gartner, destacando a importância de trazer o líder de negócio para colaborar na jornada e mapear que atividades podem ser atendidas pela IA, rompendo silos de dados entre sistemas.
Nessa trajetória, a Oracle está buscando se posicionar como um ecossistema de IA, não apenas como um fornecedor de tecnologia. Maioral explicou que a Oracle foca em dados — estruturados e não estruturados — com segurança e robustez, adoptando vetorização e multicloud para que o cliente possa rodar dados em Google, Microsoft, AWS ou Oracle, sem depender de um único LLM. A estratégia é oferecer uma plataforma aberta que permita aos clientes escolherem o LLM mais adequado para suas necessidades.
Por fim, o executivo ressaltou que, especialmente na América Latina, a compra de GPUs para treinar grandes modelos é inviável para a maioria das empresas. Assim, a Oracle tende a viabilizar o uso de IA dentro de suas plataformas, tornando mais acessível a adoção de soluções de IA sem grandes investimentos iniciais.