Itaú e Bradesco recorreram da falência decretada pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, pleiteando a nomeação de um novo gestor judicial e a retomada do plano de recuperação judicial para evitar a liquidação da Oi.
Outros credores também avaliam seguir o mesmo caminho. A V.tal informou ao mercado que está avaliando o teor da decisão e os possíveis impactos para a empresa e para os acionistas, mantendo todos informados sobre o desenvolvimento.
Segundo os bancos, a falência interrompeu negociações que poderiam viabilizar a recuperação da Oi junto à Anatel e à União. O Bradesco afirmou que a decisão de primeira instância não permitiu a adoção de medidas voltadas à solução negociada da crise financeira.
O Itaú e o Bradesco sustentam que a falência não é a alternativa mais benéfica nem para o conjunto de credores nem para os milhões de clientes da Oi, sinalizando que a quebra de um dos maiores grupos econômicos da América Latina pode prejudicar o interesse público.
Conforme documentos apresentados, a Oi mantém contratos com Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal, Santander, Americanas, Magazine Luiza e cerca de 13 mil lotéricas, além de prestar serviços de tecnologia à Itaú e Bradesco. Na atualização de fevereiro de 2023, a dívida da Oi com o Itaú girava em torno de R$ 2 bilhões e, com o Bradesco, cerca de R$ 34,4 milhões. Os bancos pedem que o Tribunal de Justiça do Rio suspenda os efeitos da falência e restabeleça o processo de reestruturação sob nova direção para buscar uma solução que evite a liquidação da operadora.