O setor agroindustrial global vive uma transformação digital acelerada. A Agricultura 4.0, movida por automação, conectividade e análise de dados, aponta para ganhos de produtividade, eficiência e sustentabilidade. No centro dessa mudança está a interoperabilidade — a capacidade de diferentes tecnologias, sistemas e plataformas de conversar entre si e operar de forma integrada. Ainda assim, para escalar essas soluções, é imprescindível investir em infraestrutura de conectividade e em uma base tecnológica aberta.
A conectividade no campo continua sendo o principal gargalo. Pesquisas indicam que mais de 70% das propriedades rurais brasileiras têm acesso limitado à internet. Soluções como redes privadas de fibra óptica e data centers de borda (edge) são vitais para reduzir latência, viabilizar telemetria em tempo real e criar irrigação inteligente, além de aumentar soberania de dados e previsibilidade de custos.
Interoperabilidade não é apenas conectar dispositivos; é adotar padrões abertos que permitam o compartilhamento contínuo de dados por toda a cadeia agroalimentar, do campo ao consumidor. Modelos de negócio fechados geram jardins murados que limitam a eficiência, enquanto padrões abertos promovem integração real entre tratores, drones, sensores e softwares de gestão.
Quando os dados são integrados de forma holística, é possível escalar a automação e aperfeiçoar a tomada de decisão. A irrigação inteligente, por exemplo, combinando sensores e controles interoperáveis, pode reduzir o consumo de água em até 30%, com impactos diretos na sustentabilidade. Além disso, modelos de informação integrados fortalecem rastreabilidade, gestão de riscos e planejamento estratégico.
Para o futuro, o investimento em infraestrutura aberta, interoperabilidade e governança de dados não é apenas sobre produtividade; é uma condição essencial para a competitividade, segurança alimentar e resiliência do agro diante de um mundo cada vez mais conectado. Como aponta a McKinsey, a Agricultura 4.0 tem potencial de elevar a produtividade em até 25% quando a interoperabilidade encontra conectividade estável. Siga Itshow para acompanhar as mudanças do setor.