Um painel de especialistas da CrowdStrike traça um cenário alarmante: 76% das organizações globais reconhecem não conseguir acompanhar a velocidade e a sofisticação dos ataques cibernéticos impulsionados por inteligência artificial. O estudo State of Ransomware 2025 aponta que a IA se tornou o motor de uma nova geração de ameaças, capazes de acelerar cada estágio do ataque, desde a criação de malwares até a engenharia social.
A pesquisa destaca a obsolescência de ferramentas legadas. Cerca de 48% das empresas consideram as cadeias de ataque automatizadas por IA como a maior ameaça de ransomware, enquanto 85% concordam que sistemas de detecção tradicionais se tornam cada vez mais inadequados frente a ataques alimentados por IA. Além disso, quase 50% das companhias temem não detectar ou responder rapidamente o suficiente para conter um ataque movido por IA, impactando fortemente operações e receita.
O estudo ressalta que o detalhe humano, outrora o elo mais fraco da segurança, continua sob pressão: o phishing foi elevado pela IA, com 87% dos entrevistados observando maior persuasão em e-mails e mensagens. Deepfakes surgem como vetor emergente para ataques de ransomware, capazes de enganar funcionários com áudio e vídeo manipulados para autorizar transações fraudulentas ou vazar credenciais.
Quanto à resiliência econômica, aCrowdStrike desmonta a eficácia de pagar resgate: 83% das empresas que cedem são atacadas novamente e 93% veem dados roubados ou vazados, provando que a prática não inibe o crime. A pesquisa ainda aponta uma importante desconexão entre a percepção da liderança e a realidade operacional, com 76% das organizações enfrentando desalinhamento entre C‑suites e equipes de defesa.
Diante desse cenário, a CrowdStrike propõe uma virada estratégica: defesa com IA. A Agentic Security Platform combina IA generativa, aprendizado de máquina e agentes autônomos de segurança para formar a Força de Trabalho de Segurança Agêntica, na qual analistas humanos comandam agentes de IA para automatizar fluxos de trabalho, priorizar ameaças em tempo real e reduzir drasticamente o tempo entre detecção e ação. A ideia é lutar fogo com fogo, devolvendo aos defensores a velocidade necessária para conter ataques movidos por IA.
O relatório conclui que a sobrevivência no novo campo de batalha digital depende da capacidade de adotar defesas igualmente ágeis, inteligentes e autônomas. Organizações que ignoram a transformação correm o risco de interrupções significativas, vazamento de dados e danos reputacionais. O chamado é claro: modernizar a governança de segurança com tecnologia de ponta e engajamento da alta direção para vencer a corrida armamentista da inteligência artificial.