Para o presidente da Claro, José Félix, o Brasil não precisa de mais entradas de novos players no mercado de telecomunicações. Em vez disso, ele defende uma “organização” da cadeia que gere empresas saudáveis, capazes de sustentar altos volumes de investimento. “Não precisamos de mais competição, precisamos de organização. Competição já temos demais”, afirmou durante o Painel Telebrasil 2025.
Ele acrescentou que o setor requer investimentos significativos e que, para isso, é essencial contar com empresas sólidas, não com gestões frágeis. O comentário ocorreu num momento em que a Anatel recuou de incentivos para novos operadores no móvel, enquanto na banda larga a agência tem buscado regularização, uma postura bem-vinda segundo Félix.
Sobre regulação de IA, Félix disse aos jornalistas que defende uma abordagem “pouco restritiva”. “Tenho dito sempre que eu posso: temos que deixar o mais aberto possível. Se fechar demais, vai ser um problema”, afirmou, lembrando que a IA pode ir além da infraestrutura das telecomunicações e impulsionar novas ofertas.
O presidente da Claro também comentou sobre o ambiente de investimento externo no setor, reconhecendo o otimismo com a economia brasileira, mas citando ruídos que afetam a segurança jurídica de aportes. “Vivemos um momento em que os ruídos atrapalham, e eventualmente assustam quem olha de fora”, ponderou.