China comunicou aos fabricantes de veículos brasileiros que a autorização para a importação de chips será retomada aos poucos, diminuindo o risco de paralisação das fábricas pela ausência de semicondutores, segundo a Anfavea.
Dois fatores contribuíram para a mudança: a liberação pela China da importação de chips por empresas que operam no Brasil e têm fábrica em solo chinês, e uma licença especial concedida aos fabricantes brasileiros, conforme afirmou o presidente da Anfavea, Igor Calvet. O dirigente destacou que, apesar da melhoria, a situação ainda não está normalizada.
O episódio de tensão teve origem quando o governo da Holanda assumiu o controle da Nexperia, subsidiária da chinesa Wingtech, levando a China a bloquear exportações dos chips da empresa e a interromper o fornecimento à cadeia de autopeças no Brasil.
Agora, comemora a Anfavea, os chineses retomaram o diálogo e avaliam conceder autorizações especiais às empresas brasileiras com dificuldades para importar os chips, abrindo caminho para o fim do embargo às importações de semicondutores da Nexperia.
A medida, segundo a Anfavea, pode evitar o desabastecimento dos fornecedores de autopeças no país e, por consequência, uma paralisação maior da indústria automotiva brasileira.