Nos últimos dias, o Brasil e o mundo registram uma nova onda de ataques cibernéticos que atingem instituições financeiras, empresas, governos e infraestrutura crítica. A ameaça se tornou mais complexa com o uso intensivo de IA, tornando as defesas tradicionais menos eficazes e exigindo mudança de mentalidade em segurança.
Entre os destaques, a Polícia Federal ampliou buscas por suspeitos de golpes que exploravam brechas no PIX, com o apoio de Cyber GAECO e cooperação com instituições financeiras para rastrear movimentações de dinheiro e identificar “laranjas” e desenvolvedores de malware.
Relatórios recentes indicam que para 72% das organizações o risco cibernético nunca esteve tão alto, com IA alimentando automação de ataques, deepfakes e malwares mutantes. CISOs estão buscando controles de IA segura e detecção comportamental para equilibrar inovação com proteção.
Outro caso significativo envolve ransomware: a Trend Micro identificou ataques em que ransomware originalmente desenvolvido para Linux foi executado em ambientes Windows através de camadas de compatibilidade, sinalizando uma tendência de infraestruturas híbridas.
Casos nacionais também chamam atenção: vazamentos de prontuários de saúde, roubo de cargas por meio de dados logísticos manipulados e o uso de credenciais legítimas em ataques, reiterando a necessidade de autenticação forte, auditorias constantes e governança de risco.
Especialistas destacam que alinhar segurança ao negócio exige mudança cultural, comunicação clara com o conselho e métricas de risco mensuráveis. Investimentos em visibilidade de rede, treinamento contínuo e adoção de modelos Zero Trust são apontados como cruciais para antecipar incidentes e reduzir impactos operacionais.