A Alloha Fibra, dona das marcas Giga+ Fibra e Giga+ Empresas, registrou prejuízo líquido de R$ 63 milhões no terceiro trimestre, em função de despesas não recorrentes e de custos do processo de transformação organizacional pelo qual a empresa atravessa.
O EBITDA somou R$ 124 milhões, com queda de 37,7% frente ao mesmo período do ano anterior. A margem atingiu 29,2% e a receita líquida ficou em R$ 426 milhões, praticamente estável (+0,3%) na comparação anual.
Em entrevista ao TELETIME, o CEO da Alloha, Roger Solé, destacou que, após processos de fusão e unificação de sistemas, a empresa passa a ter foco em rentabilidade, vislumbrando voltar ao lucro no ano que vem. “O mercado está muito saturado, os juros estão altos. Então, temos que ser extremamente cautelosos com investimentos. Vamos focar muito em eficiência, inovações constantes dentro de cada uma das áreas para conseguir ter excelência operacional e melhorar o perfil de rentabilidade e geração de caixa”, afirmou o executivo.
Inclusive, ainda que a Alloha não descarte aquisições, o incremento de base deve ser liderado pela expansão orgânica, mas com cautela. A empresa tem rompido contratos com clientes inadimplentes e adotado critérios mais rigorosos para ativação de assinantes. Como resultado, no terceiro trimestre houve a perda de cerca de 132 mil assinantes, deixando a carteira em 1,51 milhão, e a marca Giga+ perdeu o posto de maior PPP para Brisanet.
“O tamanho não é o objetivo, não é isso que nos coordena. Claro, queremos ter uma base grande, mas também uma empresa saudável e rentável”, explicou Solé. “Estamos minimizando as Fraudes, atacando a inadimplência dos clientes. Por isso, o nosso crescimento vai ser mais lento em número de clientes, mas mais rentável e saudável”, acrescentou o CFO Felipe Matsunaga, que completou: “não vamos colocar assinante a qualquer custo; o objetivo é lucro e geração de caixa positivo, e é isso que estamos buscando”.