A ABRAPLEX firmou um acordo de cooperação com a ABTA para intensificar a luta contra a distribuição ilegal de conteúdos audiovisuais no Brasil, a ser apresentado durante a Expocine 2025, em São Paulo, no painel Cortando o Sinal: a guerra silenciosa contra a pirataria digital.
A iniciativa busca ampliar a atuação conjunta de entidades do setor privado e de órgãos públicos no enfrentamento à pirataria digital, cuja estimativa de perdas excede os R$ 15 bilhões por ano, segundo dados da ABTA.
A aliança se junta a uma rede já fortalecida por apoio da Anatel, da ANCINE, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Ministério Público, da Receita Federal e do Procon, com o objetivo de identificar, bloquear e coibir operações ilegais de distribuição, incluindo transmissões não autorizadas por plataformas digitais, redes sociais, sites e aplicativos.
Marcos Barros, presidente da ABRAPLEX, afirmou que a pirataria afeta diretamente a sustentabilidade econômica das salas de cinema, citando casos de filmes transmitidos ilegalmente nas redes sociais no momento da estreia, o que prejudica a adesão do público e compromete a rentabilidade do circuito exibidor.
A Anatel tem atuado com operações regulares de apreensão de equipamentos irregulares, como receptores de TV Box não homologados, que viabilizam o acesso ilegal a canais pagos e plataformas de vídeo. Entre setembro e outubro, a agência lacrou mais de 45 mil produtos na Bahia e apreendeu cerca de 1,7 milhão de metros de cabos clandestinos em São Paulo, além de registros de confiscos na Paraíba e em Santa Catarina.
Oscar Simões, presidente da ABTA, destacou que a entrada da ABRAPLEX na rede de cooperação amplia o escopo das ações e reforça a participação de todos os stakeholders do ecossistema para enfrentar a pirataria, que segundo ele, prejudica toda a sociedade.