Uma operação integrada pelo Gaeco do Ministério Público de Santa Catarina desarticulou um esquema de fraude fiscal ligado à venda de smartphones por marketplaces. A investigação aponta que o grupo deixou de recolher aproximadamente R$ 45 milhões em tributos.
A ação, deflagrada em Alagoas, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, resultou na prisões de 15 suspeitos em regime preventivo, no cumprimento de 44 mandados de busca e apreensão e no bloqueio de bens e valores de 38 pessoas físicas e 31 jurídicas, totalizando R$ 227,6 milhões.
Segundo o MP, a organização utilizava empresas de fachada para emitir notas fiscais eletrônicas fictícias, permitindo a venda de smartphones sem recolhimento de impostos. Quando atingiam grande volume de vendas, as empresas eram desativadas e substituídas por outras, mantendo o ciclo de fraudes.
Além do dano aos cofres públicos, o esquema criava concorrência desleal no varejo de tecnologia e dificultava o rastreamento contábil. O Ciberlab, laboratório de operações cibernéticas do Ministério da Justiça e Segurança Pública, acompanhou as transações digitais e operações com criptoativos ligadas ao grupo.
Durante as diligências, uma pessoa foi presa em flagrante por portar munições de calibre restrito e um simulacro de arma de fogo.