A OpenAI revelou, em acordo preliminar com a Microsoft, que está avaliando transformar seu braço com fins lucrativos em uma public benefit corporation (PBC) registrada em Delaware. O plano visa equilibrar interesses de acionistas com objetivos sociais e ambientais, mantendo a fundação como sócia e garantindo participação acionária na nova estrutura.
Segundo a empresa, a transição busca facilitar a captação de capital em um setor de alto custo com pesquisa e infraestrutura. A mudança coloca a OpenAI em linha com rivais como Anthropic e x.AI, que já adotaram o modelo de PBC desde a mudança na lei de Delaware em 2013. Até dezembro de 2023, havia 19 PBCs listadas nos EUA.
Na prática, a fundação não homologada mantém participação na PBC — avaliada em mais de US$ 100 bilhões — enquanto a entidade recém-formada financiará a missão filantrópica da organização-mãe. A transição depende de aprovação dos procuradores-gerais da Califórnia e de Delaware, com as partes buscando finalizar os termos do acordo.
O memorando de entendimento não vinculante com a Microsoft mantém a parceria estratégica, com a gigante ainda fornecendo infraestrutura de nuvem. A OpenAI, no entanto, tem explorado diversificar seus contratos, fechando acordos com Oracle e SoftBank para reduzir dependência de um único parceiro.
O reposicionamento aparece como resposta à necessidade de captar recursos para competir com Google, Meta e Amazon, sem abandonar a missão de desenvolver IA em benefício da sociedade. A modelagem de PBC é vista como um ponto de equilíbrio entre retorno financeiro e impacto público.