Em fato relevante publicado na quarta-feira, 27, a Oi informou ao mercado a aprovação pelo conselho de administração de uma nova proposta de grupamento das ações ordinárias e preferenciais da companhia, desta vez na proporção de 25:1. A medida visa enquadrar a cotação de ações em valor igual ou superior a R$ 1,00 por unidade, conforme exige a B3. A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para deliberar sobre o tema foi convocada para 29 de setembro.
No grupamento, cada lote de 25 ações de cada espécie seria reunido em uma única ação da mesma espécie, ordinária ou preferencial. A Oi já havia realizado outros grupamentos anteriormente, incluindo uma operação em 2024 com proporção de 10:1 e outra em 2022.
Pela nova proposta, as American Depositary Shares (ADS) que compõem o programa de ADSs para as ações ordinárias não serão objeto do grupamento. Assim, as paridades desses papéis com as ações ordinárias locais sofrerão um ajuste, e cada ação ordinária passará a representar cinco ADSs ON. Quanto às ADSs das ações preferenciais, haverá necessidade de grupamento, de modo que cada ação preferencial seja equivalente a cinco ADSs PN.
Caso aprovada a proposta, será concedido prazo não inferior a 30 dias para acionistas que desejarem ajustar as posições de ações. O ajuste ocorrerá em lotes múltiplos de 25 ações, mediante negociação na B3. Além disso, se a operação for aprovada, o capital social da Oi (atualmente de 330.121.738 ações) passará a ser dividido em 13.137.224 ações, sendo 13.080.643 ON e 56.581 PN.
A cotação da ação preferencial da Oi (OIBR3) encerrou nesta quarta-feira em R$ 0,60. A companhia não registra valor acima de R$ 1,00 desde março, o que motivou em junho um alerta da B3 sobre a necessidade de novo grupamento. Também neste dia 27, a Oi comunicou novo adiamento no balanço do segundo trimestre de 2025 — agora para 4 de setembro, após adiamentos anteriores no mês de agosto.