O Brasil ainda não adotou o conceito de rede neutra como em alguns países da América Latina. Segundo Ari Falarini, executivo da Nexo Latam, as teles brasileiras operam redes de forma que muitos chamam de compartilhamento, mas não a infraestrutura neutra que permitiria que diversas operadoras utilizassem a mesma rede de forma indistinta para reduzir custos.
Durante o Telco Transformation Latam, realizado no Rio de Janeiro, Falarini destacou que, no Chile, as grandes operadoras — Telefónica, Claro, Entel, VTR e DirectTV — contratam a Nexo Latam para gerenciar operações com infraestrutura neutra, um modelo diferente do praticado no Brasil.
Por ser diferente e extremamente competitivo, a Nexo Latam não atua no mercado nacional atualmente e o executivo afirma que não há planos de expansão para cá. Essa posição ressalta a percepção de que o mercado brasileiro ainda não está preparado para o conceito de rede neutra, conforme apresentado pela empresa.
Falarini também sinalizou que no Chile e na Colômbia existe espaço para o desenvolvimento do mercado de rede neutra. Ao ser questionado sobre uma possível consolidação no Brasil, ele foi cauteloso, mas deixou claro que o objetivo da rede neutra é permitir que todos usem a mesma infraestrutura para reduzir custos e ganhar eficiência.
Assista à entrevista de Ari Falarini, da Nexo Latam, para entender as perspectivas do ecossistema de telecomunicações na região e como o modelo de rede neutra pode influenciar o futuro do setor.