A transformação digital do Judiciário e o avanço da inteligência artificial estão reconfigurando a rotina das procuradorias em todo o Brasil. No centro dessa mudança está a Attus, cuja solução de IA voltada a procuradorias estaduais e municipais já alcança escala significativa.
Segundo Vinícius Soares, head de tecnologia da Attus, a trajetória começou antes mesmo da IA generativa, com IA preditiva para leitura de processos, classificação de documentos e automação de cadastros e triagens. O piloto ocorreu em 2019, em Cabo de Santo Agostinho, e a empresa participou da licitação para a PGE de São Paulo em 2020, hoje o maior contrato do setor.
Hoje, a solução já atua em 14 procuradorias — oito estaduais e seis municipais — com números que ilustram o ganho: em 2025 foram recebidos 2,4 milhões de andamentos judiciais; cerca de 1,8 milhão (aproximadamente 75%) já passaram pela leitura automatizada, classificação e encaminhamento aos procuradores. Em um quarto desses casos, o sistema chegou a entender o problema, propor uma solução e entregar o documento pronto para revisão e assinatura.
A adoção da Oracle Cloud (OCI) foi decisiva para alcançar essa escala, oferecendo flexibilidade de custo e velocidade de implantação. Na PGE-SP, a infraestrutura da Oracle permitiu testar tecnologias, ajustar soluções e entregar valor rapidamente.
Para o executivo, o sucesso da automação depende da integração entre tecnologia e negócio. A PGE-SP criou grupos de trabalho para aproximar tecnologia e área jurídica, algo que, segundo ele, é fundamental já que quem conhece o valor dos dados é a própria procuradoria.
Com a combinação de IA preditiva e, mais recentemente, IA generativa, a Attus transformou tarefas burocráticas em fluxos inteligentes, liberando procuradores para se dedicarem a casos mais complexos. A expansão digital tem favorecido o acesso à Justiça e exigido soluções tecnológicas cada vez mais eficazes, como a plataforma da Attus que entrega valor de forma acelerada.