Um estudo da DMA, baseado em 150 milhões de tentativas de golpe bloqueadas, mostra que o perfil mais visado é formado por mulheres (53%) e por indivíduos com mais de 41 anos (68%).
Geograficamente, 35,7% das tentativas têm origem em DDDs de São Paulo, e os ataques concentram-se no período entre 11h e 20h. Em relação ao perfil dos dispositivos, 40% das investidas miram usuários com smartphones de até R$ 2 mil, com maior vulnerabilidade em aparelhos que reúnem múltiplos aplicativos bancários ou apps de acesso remoto.
Desde março de 2024, a solução Protect Call da DMA bloqueou 150 milhões de tentativas de golpe do tipo “falsa central”; apenas em setembro foram 31 milhões de bloqueios. Em média, 501 golpes são interrompidos por minuto, protegendo cerca de 15 milhões de pessoas. A DMA estima que a tecnologia já tenha evitado cerca de R$ 60 bilhões em prejuízos.
Os dados reforçam uma tendência apontada pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024: os estelionatos digitais cresceram 360% desde 2018, enquanto roubos físicos a bancos diminuíram.
O funcionamento da Protect Call consiste em identificar e encerrar chamadas suspeitas (que se passam por números oficiais) antes que o usuário atenda, exibindo um alerta no celular. O recurso já está integrado aos aplicativos de mais de 170 empresas parceiras, incluindo bancos como Banco do Brasil, Bradesco e Santander.