A EchoStar vai vender suas licenças AWS-3 não pareadas, na faixa de uplink de 1695-1710 MHz, que integram a Banda 3GPP 70n, por aproximadamente US$ 2,6 bilhões em troca de ações da SpaceX, de Elon Musk. A empresa também anunciou a nomeação do cofundador Charlie Ergen como novo CEO da EchoStar Capital.
A transação complementa o acordo firmado em setembro, no valor total de US$ 17 bilhões, no qual a SpaceX recebeu licenças AWS-4 e o bloco H. O fechamento está sujeito às aprovações regulatórias usuais.
“A EchoStar brevemente estará na posição única de ter um capital substancial disponível, o que mudará drasticamente seu leque de oportunidades”, disse Havid Akhavan, ex-presidente e CEO da EchoStar, que passa a atuar como diretor da EchoStar Capital. “Por meio da EchoStar Capital, impulsionaremos o crescimento da EchoStar em áreas complementares, além de TV por assinatura, serviços sem fio e soluções corporativas.”
De acordo com o executivo, a combinação do espectro de uplink AWS-3 e AWS-4 com o Bloco H, aliado às capacidades de lançamento de foguetes e fabricação de satélites da SpaceX, pode acelerar ofertas diretas de serviços celulares. Em relatório do terceiro trimestre, a EchoStar registrou uma baixa contábil de US$ 16,5 bilhões relacionada à desativação de partes de sua rede 5G necessárias apenas para o Boost Mobile, após vender espectro para AT&T e SpaceX.
A FCC encerrou a investigação sobre o uso de espectro pela EchoStar após essas vendas. A EchoStar informou que está migrando para um modelo híbrido de operadora móvel, com o serviço direto ao consumidor (DTC). Com esse formato, os satélites Starlink atuam como antenas de redes móveis tradicionais, compatíveis com celulares modernos sem componentes especiais.