Durante a Futurecom, Conrad Riedesel, vice-presidente global da Deutsche Telekom Global Business, descreveu o Brasil como mercado ‘fresco e jovem’ e destacou que, embora a DT já atuasse no país por décadas, apenas nos últimos dois anos a divisão de Global Business chegou para consolidar a presença no segmento B2B e no atacado.
A empresa sinalizou como pilares a implementação de redes privativas, conectividade 5G e soluções com o 5G Box to Go, afirmando que há um mercado relevante no Brasil para o desenvolvimento dessas tecnologias.
Segundo Riedesel, o Brasil oferece terreno fértil para expansão frente à saturação observada na Europa, impulsionado pela economia em crescimento e pela demanda de transformação digital.
Parcerias
No campo das parcerias, o agronegócio aparece como oportunidade estratégica, com o executivo citando a integração de 5G com satélites para automação de veículos. A Deutsche Telekom anunciou recentemente uma parceria com a Starlink.
Para ter sucesso no Brasil, a empresa enfatiza a necessidade de cooperação com outros players do setor, integrando tecnologias de múltiplos fornecedores para criar redes privativas e aplicações específicas, com foco em soluções gerenciadas para clientes empresariais diversos.
O radar de IA da Deutsche Telekom aponta que a demanda por conectividade pode crescer até dez vezes com a adoção de IA, exigindo mais centros de dados, armazenamento e banda larga. Apesar dos desafios do 5G, a DT vê o momento certo para explorar slicing de redes e, no longo prazo, avanços até o 6G.
No Brasil, a DT já mantém parcerias com BMW e Volvo, atuando como provedora de conectividade para veículos e oferecendo conectividade premium para marcas premium, com soluções que incluem transmissão de vídeo em câmeras integradas à rede 5G. A empresa reforça que o Brasil é laboratório para a América Latina e que seu objetivo principal é atuar como fornecedor de serviços, sem planos de criar rede pública própria, operando como MVNO.