O DPO moderno já não se restringe a cumprir LGPD; ele atua como elo entre governança, ética e inovação, desenhando uma estratégia de confiança digital para a organização.
Em um cenário de transformação digital acelerada, a privacidade deixa de ser apenas conformidade e passa a ser diferencial competitivo. Relatórios recentes indicam que 92% das empresas veem a proteção de dados como pilar de confiança e 70% acreditam que políticas robustas de privacidade geram vantagem comercial.
Na prática, o DPO participa de decisões executivas e colabora com CIOs para alinhar políticas de dados à arquitetura de TI. Exemplos globais incluem Siemens, IBM e Telefónica, que estruturaram equipes onde o DPO influencia produtos e inovação, fortalecendo a reputação e a sustentabilidade digital.
Para cumprir esse papel ampliado, o DPO precisa de um perfil híbrido: conhecimento legal, compreensão de segurança da informação, gestão de riscos e habilidades de comunicação. A integração com áreas estratégicas — como CISO, CTO e CDO — facilita decisões rápidas e a adoção de privacidade desde o design.
Desafios persistem, incluindo recursos limitados e resistência cultural, mas o DPO moderno assume a função de agente de mudança, promovendo treinamentos e promovendo o uso ético de IA, além de acompanhar a multiplicidade de normas internacionais. Tendências apontam para o surgimento de cargos como Chief Trust Officer e o uso de PrivacyTech para tornar a privacidade um ativo de negócio.