No primeiro dia do Telco Transformation Latam, no Rio de Janeiro, operadoras nacionais apresentaram estratégias de diversificação de negócios, com ênfase em redes corporativas, serviços digitais e a transição para o modelo TechCo, impulsionado pela IA.
A Oi Soluções destacou que, diante da ausência de ativos de rede tradicionais, o ativo atual da empresa passou a ser a carteira de clientes. A empresa reestruturou-se para oferecer conectividade 5G, satélite de baixa órbita e, principalmente, soluções sobre as redes, montando um ecossistema com mais de 200 parceiros e utilizando nuvem de grandes provedores como AWS e Google.
Na TIM, o foco recai sobre redes privativas robustas. Alexandre Dal Forno, diretor da TIM Brasil, disse que projetos de grande porte demandam equipamentos com alto grau de confiabilidade e que a conectividade é essencial para habilitar aplicações de IA nessas redes, com diferenças de adoção conforme o setor; por exemplo, no agronegócio, redes dedicadas desenvolvidas sobre a rede pública facilitam a integração com o ecossistema do campo.
O painel de encerramento contou com Algar e Vivo, que apresentaram a transição de Telco para TechCo. Zaima Milazzo, da Algar, afirmou que 16% das receitas já vêm de serviços digitais, e lembrou que a IA está em operação há dois anos, com mais de 80 agentes atendendo clientes e executando processos. Guilherme Silveira, da Vivo, ressaltou a importância da cultura organizacional, destacando transformação interna como parte essencial da evolução tecnológica.
As discussões ressaltaram que a transformação envolve não apenas tecnologia, mas também pessoas, estrutura e metodologia para transformar operações. A cobertura completa fica por conta de Carmen Nery, com ênfase na prática de IA integrada às redes e nos modelos de negócio emergentes no setor de telecomunicações.