O Tesouro Nacional autorizou nesta quinta-feira o empréstimo de R$ 12 bilhões aos Correios, com garantia da União, condicionado à apresentação de um Plano de Reestruturação da empresa.
A taxa de juros ficou em 115% do CDI, abaixo do teto fixado para esse tipo de operação, de 120% do CDI.
A nota do Tesouro ressalta que as taxas estão dentro dos padrões e que a operação atende aos requisitos de análise da capacidade de pagamento de empresas estatais com plano de reequilíbrio aprovado.
A proposta aprovada representa economia de cerca de R$ 5 bilhões em juros para os Correios, se comparada à proposta anteriormente apresentada e rejeitada pelo Tesouro.
O empréstimo será assinado por um pool de cinco bancos — Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil (públicos) e Bradesco, Itaú e Santander (privados) — com garantias da União.
O presidente Lula, em café com a imprensa, descartou privatizar a estatal, reforçando que empresa pública não pode agir de modo a gerar prejuízo ao país.
O montante deverá ser liberado em três parcelas, com prazo de pagamento de 15 anos e carência de 3 anos. Os primeiros R$ 6 bilhões devem sair ainda neste ano, e os outros R$ 6 bilhões em 2026; os Correios iniciarão o pagamento após três anos.