Os Correios encaminharam ao Tesouro Nacional, nesta segunda-feira, a minuta do contrato do empréstimo de R$ 12 bilhões. A operação contará com aval da União caso a estatal não consiga quitar o empréstimo e será liberada em três parcelas, com prazo total de pagamento de 15 anos após o período de carência.
A quitação está prevista para começar após três anos de carência, com os primeiros R$ 6 bilhões previstos para serem liberados ainda neste ano e os R$ 6 bilhões restantes em 2026. A taxa de juros ficou fixada em 115% do CDI ao ano, repetindo o patamar utilizado nesse tipo de operação, segundo interlocutores do processo.
Um pool de cinco bancos participa da negociação, incluindo Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander. Em nota ao Tele.Síntese, a assessoria de imprensa da estatal afirmou que os Correios estão analisando as propostas recebidas e que novas informações poderão ser divulgadas oportunamente.
A negociação está condicionada a um Plano de Reestruturação da empresa, que prevê demissão voluntária de 15 mil funcionários e o fechamento de aproximadamente mil unidades. A existência desse plano é vista como requisito para a aprovação do governo e para o crescimento do suporte financeiro por parte dos bancos do pool.
A tentativa anterior de empréstimo foi de R$ 20 bilhões, com juros na casa de 136% do CDI, projeto que foi rejeitado pelo Tesouro por superar o teto de 120% para esse tipo de operação. A assessoria dos Correios informou que a Câmara de Administração autorizou a contratação de operação de crédito, aguardando validação das instâncias de governança internas e envio de documentação para análise pela STN. A direção da estatal afirma manter responsabilidade e transparência durante o processo.