O FOMO — fear of missing out — deixou de ser exclusividade do mercado financeiro e passou a rondar decisões dentro das empresas, impulsionando ações rápidas antes de entender o real valor de cada movimento.
Essa corrida pela novidade leva a adesões impulsivas a tecnologias, modelos de trabalho e estruturas organizacionais, com projetos muitas vezes lançados ainda sem amadurecimento, estratégias reformuladas sem análise e investimentos feitos em plataformas pouco compreendidas.
Esse cenário não decorre de incompetência, mas de um ambiente de negócios que pressiona velocidade como principal indicador de competitividade. Quando o objetivo é apenas acompanhar tendências, a inovação perde profundidade e vira um ritual de modernidade sem valor sustentável.
A solução está no equilíbrio entre urgência e propósito. Lideranças amadurecidas sabem que nem toda tendência exige adesão imediata; é preciso observar, contextualizar e decidir com base em dados e no contexto estratégico. Em resumo, sustentar o silêncio certo pode evitar decisões impulsivas.
Inovar continua essencial, desde que haja direção clara. O desafio não é desacelerar, e sim manter discernimento para que o movimento avance realmente o futuro — não apenas a velocidade. Siga o Itshow no LinkedIn e assine a nossa News para ficar por dentro das notícias de TI e Cibersegurança.