A Brasscom realizou o TecFórum Educação & Emprego, em São Paulo, com a parceria da Fundação Telefônica Vivo, para discutir a formação de talentos em tecnologia e os gargalos que freiam o mercado de trabalho no Brasil.
O presidente da Brasscom, Affonso Nina, destacou a necessidade de uma visão estratégica de longo prazo, articulando empresas, sociedade civil e governos. “Brasil vai ficar parado no mesmo lugar se a gente não atuar em educação e emprego”, afirmou ao abrir o evento. Um estudo elaborado pela Brasscom em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, e conduzido pelo Instituto Locomotiva, mapeou as dificuldades de contratar profissionais para cargos iniciais em tecnologia, oferecendo subsídios para políticas públicas que vão além das empresas.
Nina afirmou que o problema não se restringe às companhias, mas é de todo o país, e que é preciso saber como integrar jovens e profissionais em requalificação ao mercado de tecnologia para viabilizar o desenvolvimento de um Brasil com um número crescente de trabalhadores qualificados em TI. Ele lembrou que a tecnologia está presente em todos os setores da economia e na vida cotidiana, e que as tecnologias digitais são transformadoras que podem impulsionar o crescimento, ampliar a inclusão social e fortalecer a posição do Brasil no cenário global.
O Plano Brasil Digital 30+ foi apresentado como uma proposta estratégica para o desenvolvimento do país até 2030 e nas próximas três décadas. A ideia é que esse movimento seja da sociedade civil, com apoio de entidades como SENAI, CNI e Fiesp, além de governos federais, estaduais e municipais. Um dos pilares centrais do plano é a formação de talentos, considerada essencial para transformar o potencial digital em realidade. A Brasscom firmou acordo com o SENAI Nacional para levar às escolas técnicas as demandas do mercado, com trilhas curriculares, capacitação e empregabilidade, assegurando que as competências ensinadas acompanhem a velocidade das mudanças tecnológicas.
Nina enfatizou que a construção desse caminho exige atuação conjunta entre empresas, governo, academia e sociedade civil. “Educação gera emprego para quem está entrando no mercado ou precisa se requalificar”, concluiu, acrescentando que apenas com esforços conectados é possível alcançar impacto em escala, rapidez e efetividade.