A Algar apresentou o desempenho do 3º trimestre de 2025, encerrado em 30 de setembro, com melhoria de rentabilidade e redução do endividamento. A receita líquida atingiu 746,3 milhões de reais, alta de 5,2% na comparação anual, enquanto o EBITDA ajustado ficou em 316,8 milhões, crescimento de 51,9% e margem de 42,5% (+13,1 p.p.). O trimestre terminou com prejuízo líquido de 19,4 milhões, melhoria de 72,2% frente ao 3T24.
O desempenho operacional refletiu eficiência, com a Algar reduzindo custos e despesas totais para 450,1 milhões de reais, queda de 6,5% na comparação anual. A depreciação e amortização somaram 232,6 milhões, aumento de 12,1%. O resultado financeiro líquido ficou em despesa de 81,2 milhões, 14,9% menor que há um ano.
Na linha B2B, a receita líquida somou 482,6 milhões de reais, acima de 2,9% ano sobre ano. Conectividade recuou 2,7% (213,2 milhões), com variação menos acentuada que em trimestres anteriores; produtos de TIC cresceram 8,2% (118,8 milhões) e serviços móveis avançaram 12,1% (57,3 milhões), sustentados pela expansão de base e reajustes. Voz fixa manteve-se estável (-0,2%).
No B2C, a receita líquida foi de 263,7 milhões de reais, alta de 9,7% a/a. A banda larga gerou 135,8 milhões (+12,4%), com expansão da base de fibra e reajustes de preço; serviços móveis cresceram 6,7% (91,6 milhões), com foco em pós-pago (+10,7%). A linha de “outras receitas”, incluindo SVAs, avançou 24,4%.
A Algar manteve capex operacional sobre receita em 15,2% no trimestre. A geração de caixa operacional atingiu 353,7 milhões, e o fluxo de caixa livre ficou em 185,2 milhões, aumento de 27,4% ante o 3T/2024.
Endividamento e emissões: a relação dívida líquida/EBITDA recuou para 2,51 vezes, desde 2,87x em dezembro de 2024. No trimestre, a Algar concluiu a 16ª emissão de debêntures, no total de 400 milhões, para substituição de dívidas, com alongamento de prazos e redução da taxa média. O saldo de debêntures (ex-IFRS 16) chegou a 3,27 bilhões; o caixa e equivalentes ficou em 522,6 milhões.
A empresa também anunciou a migração do STFC para autorização, com uma solução consensual, encerrando a concessão de telefonia fixa e migrando para o regime de autorização. A operação incluiu a reversão de 60,6 milhões em provisões e a baixa de 1,4 milhão em passivo relacionado ao biênio da concessão, além de compromisso de investimentos nos próximos dez anos. O efeito líquido no EBITDA do trimestre, desconsideradas despesas associadas, ficou em 10,4 milhões.