A Abrint afirma que o debate internacional sobre o uso do espectro na faixa de 6 GHz pode reverberar no Brasil, caso a União Europeia siga por um caminho de compartilhamento dinâmico nos próximos dias.
Durante a Futurecom 2025, Cristiane Sanches, vice-líder do Conselho da Abrint, afirmou que a decisão europeia sobre o 6 GHz deve ficar pronta em cerca de seis semanas, o que pode levar a uma reavaliação da Anatel no país.
Ela ressaltou que a política de espectro é cíclica, com fases de alocação, destinação, uso efetivo e acompanhamento, e que mudanças em decisões anteriores não são incomuns.
Sobre o leilão da faixa, a dirigente disse que é improvável que ocorra antes de 2030 por viabilidade econômica, descrevendo o cenário como quase uma ilusão de Estado.
No debate sobre a Norma 4, Sanches criticou a extinção prevista para 2027, afirmando que ela pode afetar a operação de serviços de internet e a governança da rede.
Ela completou que há espaço para convencer o regulador: uma revisão da posição da Anatel sobre o 6 GHz pode ocorrer a partir de 2029, desde que haja diálogo, e a Abrint segue em contato com a agência, com a possibilidade de acionar judicialmente se não houver reconsideração. A entidade também citou o processo de regularização de provedores, com mais de 16 mil empresas já solicitando outorga.